O que é?
O que é Osteopatia? É uma técnica de terapia manual que visa restabelecer o equilíbrio do corpo. Este método de tratamento é indicado principalmente para dores na coluna, tanto lombar, cervical ou torácica, dores na pelve, virilha e quadril, como também é indicado para dores nos ombros, joelhos e tornozelos. O mais interessante e gratificante dessa técnica são a rapidez dos resultados e a melhora significativa.
“(…) Um paciente que realiza tratamento com a Osteopatia passa a entender que as dores/doenças nada mais são que uma linguagem corporal que se estabelece na tentativa do órgão/tecido realizar uma função que não está sendo feita. Entendemos que as dores/doenças surgem após desequilíbrios: mecânicos (traumas, acidentes), nutricionais, posturais e/ou emocionais…”.
Prof. Danilo Ninello
OSTEOPATIA NO ESPORTE
A osteopatia contribui no tratamento de lesões decorrentes da prática esportiva, além de melhorar o desempenho do atleta como um todo através de um trabalho de reprogramação biomecânica e do sistema postural. A técnica já é difundida entre os atletas estrangeiros, porém é quase que desconhecida por nossos atletas.
A Osteopatia no Esporte consiste em uma metodologia própria de avaliação, diagnóstico e tratamento que utiliza apenas as mãos do terapeuta como ferramenta de trabalho, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio de todas as estruturas corporais.
Uma forma de melhorar o desempenho do atleta é reprogramando o seu sistema postural, otimizando o gasto energético e evitando compensações biomecânicas prejudiciais. A principal indicação do tratamento é para qualquer tipo de dor, afinal, dor é o alarme do corpo e é o indicativo de que aquela estrutura está em desequilíbrio. Segundo Still, o princípio da osteopatia é que a estrutura governa a função.
Diversos atletas têm desvios posturais significativos que implicam em dor, restrição dos movimentos e compensações, ocasionando atitudes escolióticas, hiperlordoses e/ou hipercifoses.
Na maioria dos casos, após iniciar o tratamento osteopático, atletas relatarem alívio dos sintomas, uma melhora no sono, mais disposição para treinos, diminuição de tempo de conclusão de treinos (em casos de triatletas e corredores), movimentos mais livres, etc.
Existem outros recursos que, unidos à Osteopatia melhoram o desempenho do atleta, como palmilhas proprioceptivas, kinesio taping(bandagens neuromusculares), e recursos da fisioterapia ortopédica.
Segundo Irwin Koor, a estrutura (tecido músculo-esquelético) representa 80% de nosso corpo. Realiza interconexões com diversos outros tecidos e pode estar frequentemente acometido por sinais/sintomas ou disfunções. É comum pacientes se queixarem de dores estruturais ao longo da vida e a Osteopatia Estrutural surge como recurso terapêutico manual para avaliação e tratamento deste sistema.
O terapeuta com a formação em Osteopatia Estrutural é capaz a diagnosticar e corrigir as disfunções nos tecidos ósseo, muscular, neural, fascial e ligamentar. Baseia-se na biomecânica corporal, compreendendo o funcionamento de todo o corpo de forma integrada, entendendo que qualquer alteração tecidual pode quebrar a homeostase do corpo e gerar sintomas.
A Osteopatia Estrutural é indicada para:
• Protusões e hérnias discais
• Ciáticas
• Torcicolos
• Lombalgias agudas ou crônicas
• Vertigens, neuralgias cervicobraquiais
• Tendinites (LER/DORT)
• Dor miofascial
• Entorses e traumas
• Cefaleias
• Disfunções esportivas, ortopédicas, traumática, entre outras.
A Osteopatia Postural é a ciência do equilíbrio que estuda o Sistema Tônico Postural através de informações dos sistemas integradores como: os pés, os olhos, ouvido interno, a propriocepção, viscerocepção (Villeneuve). Ela também ensina a prestarem atenção nos distúrbios de oclusão, às cicatrizes nociceptivas que modificam o sistema postural.
Os receptores sensoriais quando desreguladas, geram perturbações estáticas, ou seja, desequilíbrios posturais, provocando forças anormais contrárias em diferentes tecidos do nosso corpo, sendo muitas vezes a causa de inúmeras patologias como: hérnias discais, artroses, dores na coluna vertebral (cervicais, dorsais, lombares e sacrais), nevralgias, cervicobraquialgia, ciáticas; dores com componentes estáticos (quadril, joelhos, pés);deformações na coluna (cifose, escoliose, hiperlordose); patologias esportivas (câimbras,dores musculares, tendinites); além de cefaleias, vertigens, problemas de aprendizagem…
Portanto, a Osteopatia Postural tem como objetivo avaliar os desequilíbrios posturais, analisar as diferentes entradas sensoriais e corrigi-las afim de reengramar um novo esquema corporal de uma forma equilibrada.

O estudo da Osteopatia Visceral está voltado para o bom funcionamento sistêmico do corpo, ou seja, as relações entre as vísceras, sistema nervoso central e o sistema estrutural.
Todos os órgãos, assim como todo o corpo, estão em movimento constante e em sincronia entre si e com todas as estruturas que os rodeiam. Quando essa sincronia estiver perturbada, estamos diante de uma disfunção osteopatia visceral. Essas disfunções são caracterizadas por víscero-espasmos, diminuição da mobilidade e motilidade da víscera, diminuição da vascularização, ptoses viscerais, aderências decorrentes de inflamações, infecções, intervenções cirúrgicas, traumas, postura incorreta por demasiado tempo, entre outros. Na visão osteopática, essas alterações viscerais também podem ter origem simpática, parassimpática, hormonal, restrição tecidual e diminuição do líquido seroso presente na cavidade abdominal.
A Osteopatia Visceral é indicada para:
• hérnia de hiato;
• ptoses viscerais;
• constipação intestinal e refluxo (inclusive em bebês);
• distúrbios hepatobiliares;
• alterações cardíacas;
• distúrbios renais;
• alterações do ciclo menstrual;
• queda da imunidade;
• patologias sistêmicas de origem visceral, entre outras.
A Osteopatia Craniana consiste em liberar restrições do sistema craniossacral e seus componentes, dissipando os efeitos negativos do estresse, facilitando o processo de recuperação do próprio corpo.
Estes movimentos podem ser detectados em qualquer parte do corpo, mas com mais facilidade no crânio, sacro e cóccix. Quando o problema é detectado, o osteopata utiliza técnicas manuais delicadas para liberar estas áreas e dissipar as tensões que podem causar restrições em todo o corpo.
A Osteopatia Craniana é indicada para:
• Dores de Cabeça e Enxaqueca.
• Labirintite.
• Rinite e Sinusite.
• Nevralgias do Nervo Trigêmeo.
• Dores Crônicas Vertebrais.
• Problemas Relacionados ao Estresse.
• Dificuldades de Coordenação Motora.
• Disfunções em Recém-nascidos e Crianças.
• Lesões por Traumatismos Cranianos e Medulares.
• Fadiga Crônica.
• Fibromialgia.
• Disfunções da Articulação Temporomandibular (ATM).
• Escoliose.
• Disfunções do Sistema Nervoso Central.
• Regulação do SNA (Sistema Nervoso Autônomo).
• Estresse Pós-traumático.
• Dificuldades Emocionais.
• Entre outras.
O terapeuta com formação em Osteopatia Informativa aprenderá a identificar e diferenciar a doença baseada em dois modelos.
A que surge a partir de desequilíbrios mecânicos do corpo (modelo mecânico), já estudado nos outros 4 níveis (Estrutural, Postural, Visceral e Craniana), e as provenientes de um estado de hiperestresse (conflito), que seria o modelo biológico de sobrevivência não consciente (modelo biológico). Dessa forma, o profissional saberá criar a melhor estratégia de tratamento a partir destes dois modelos.
Dentre as técnicas de tratamento temos:
A informação Verbal – que será dada quando o paciente está passando por um conflito, na fase ativa do problema, com o intuito de ajudá-lo a tomar consciência de seu problema e conduzi-lo a uma mudança da percepção, trocando um sentimento “ruim”, causador de doença, por um sentimento melhor, que traga ao paciente o relaxamento e a autocura.
Na fase pós-conflito (PCL) – na qual o conflito encontra-se resolvido, sendo está fase onde aparecerão os grandes sintomas, por exemplo, a inflamação. O terapeuta poderá usar todas as técnicas que aprendeu ao longo da formação em Osteopatia, e utilizá-las para ajudar o paciente e o corpo a passarem pelos sintomas de uma forma mais amena de modo a encontrar a cura.
O objetivo das técnicas são ajudar o paciente a mudar a sua percepção, e também ajudá-lo a passar por seus sintomas encontrando novamente a normotonia e a homeostase.
A Osteopatia Informativa está indicada para todas as doenças existentes, desde que tenham sido causadas por um conflito, que pode ser definido como algo brutal e inesperado e irá desencadear doenças como forma de manter a sobrevivência da espécie.





